quinta-feira, 27 de novembro de 2014

10 práticas/atitudes saudáveis para se trabalhar no R

#Oi pessoal, recentemente fiz um curso magnífico de R com o excelente #doutorando e amigo Pavel Dodonov, e gostaria de compartilhar 10 #práticas/atitudes saudáveis para se iniciar um script no R que aprendi #apanhando ao longo do tempo:

#1. remover todos os objetos, é uma prática saudável de vez em quando!

rm(list=ls())

#2. o USO DO IGUAL "=" e da setinha "<-": uma coisa é igual a outra? nem #sempre!


c(1,2,3)-> a #entende e funciona espelhado
a<- c(1,2,3)

a=c(1,2,3)
c(1,2,3)=a #não funciona espelhado!

#3. tenha um sistema de nomes, qual é o nome do seu objeto mais importante? #Eu gosto de "dados", o Pavel gosta de "coisa".

#4. os exemplos do help podem ser grandes amigos, se você não entende como #uma função funciona!

#5. default quer dizer= padrão! É o que o programa/função vai considerar/fazer #automaticamente, caso você não mexa nas configurações/argumentos. Se você #quer saber quais são os defaults da função, digite o nome da função:
#exemplo:

rnorm

#function (n, mean = 0, sd = 1) média zero, desvio padrão um!
#.External(C_rnorm, n, mean, sd)
#<bytecode: 0x000000001027ffd8>
#<environment: namespace:stats>

#6. O comando str(dados) é muito útil para ver se você importou seus dados #corretamente!

#7. Se você estiver trabalhando no seu script no Windows, aperte control+R para #mandar rodar seu código. Se você estiver em um Mac, use command+enter.

#8. Lembre-se sempre de revisar comandos grandes:  Duas principais fontes de #erro: ou escreveu o nome errado, ou o tipo de

#objeto não é aquele vc pensava. Quanto mais vezes você der control+R #cegamente, maior será sua frustração e irritabilidade.

#9. não subestime o tempo para fazer um gráfico. Não basta fazer bem a análise, #tem que comunicar bem o seu achado!


#10. A maioria das pessoas que se consideram "Normais" não conseguem ficar 8 #horas seguidas mexendo no R, então encontre seu tempo ótimo. Quando sentir #que a quantidade de erros seguidos é bem maior que acertos, não bata a cabeça #no teclado!

#Salve tudo.. e relaxe, faça um alongamento, planeje seus próximos passos e vá #com deus! Outra opção ótima é procurar a resposta para seu problema em #fóruns (há vários!!!), começando sempre pelas palavras chave do seu problema #no querido Google!

#E você, tem alguma boa prática que acha que todo mundo deveria pelo menos #saber que existe? Compartilhe, pois o R dominou o mundo dos ecólogos!

##"Em terra de bigdata, quem sabe R é rei!"##





domingo, 5 de outubro de 2014

Repasse do Simpósio ECMVS 2014 na visão de uma aluna

Oi pessoal, depois de um tempo sumida, eu volto com o repasse do simpósio internacional de ecologia (PPGECMVS), que rolou em BH de 25 a 27 de Setembro. Aqui vou deixar vocês por dentro do que rolou, acrescentando minha visão pessoal do negócio. Acabei de defender o mestrado, então o simpósio, cheio de temas diferentes, veio em boa hora. Não vou falar de tudo, para não ficar chato, mas enfatizarei o que foi mais marcante para mim.
Organização primorosa, tudo saiu muito melhor do que eu poderia imaginar, e com certeza a qualidade desse simpósio superou o outro simpósio internacional de ecologia do qual eu participei na UFSCar em 2011. O nível de discussão foi alto, com perguntas relevantes da plateia e temas urgentes sendo abordados, como defaunação (Prof. Dirzo) e soluções polêmicas para a mesma (refaunação?). Além disso, temas clássicos e “pedras filosofais” da ecologia foram parte das apresentações, e tivemos a honra de assistir a palestra de encerramento do Prof. Robert Paine (sim, aquele das espécies chaves que você leu no livro do Begon!).
Basicamente a qualidade e a forma de apresentação me despertou tanto interesse que pode ser refletida na quantidade de folhas anotadas no bloquinho que veio de brinde. Nunca escrevi tantas anotações em um congresso/simpósio quanto nesse rsrsrs!
A parte de limnologia foi incrível, top, conheci o trabalho de professores que estão fazendo um trabalho ótimo, como o Prof. Pompeu em Minas, o qual é uma figura inspiradora!
 Além de toda qualidade das discussões, tudo foi apresentado sem “pesar” ou abusar da atenção e energia dos inscritos. O tempo foi, na medida do possível, bem planejado e raramente uma palestra foi maçante. Com exceção das mesas redondas, nas quais sempre tem aquele palestrante que passa demais do tempo por empolgação ou falta de planejamento, foi tudo bem conectado, uma apresentação complementava a outra sem aquela redundância chata típica de mesas redondas mal planejadas. Infelizmente as mesas ruins formam a maioria das que já vi, nas quais os palestrantes ou apresentam seu doutorado sem conectar com algo maior e apresentam temas muito desconexos ou o oposto, apresentações extremamente redundantes (tipo aquelas em que a frase, “como professor tal antes disse e explicou” umas 20X).
A discussão sobre método científico foi produtiva e bem-humorada (marca registrada dos mineiros), relembrando formas de se adquirir o conhecimento (cesta e lanterna, Popper, Kuhn e Lakatos), a importância da pesquisa orientada por hipótese e o falso dilema entre naturalista versus os “hipotéticos-dedutivos”. A irreverente fala do Prof. Parentoni gerou muita reflexão sobre o que é ciência. Nem me lembro mais de quando foi que vi uma palestra em congresso que não “precisou” de slides projetados!
Enfatizou-se também a importância (Og de Souza) de haver a fase de pensamento criativo na ciência, hoje em dia, com pressões por publicação e mil prazos, não temos mais tempo para pensar como deveríamos ter! Concordo totalmente com isso! Isso leva ao risco de se fazer ciência às avessas, no qual você tem que gerar resultados, discussões, produtos (papers) em prazos que não bateriam no tempo que um aluno precisa para absorver e externalizar decentemente seu aprendizado!
Bom, é isso.. E você que foi ao simpósio, gostaria de compartilhar um ponto alto? Comente aqui embaixo!

Do mais, parabéns a toda organização do Simpósio e espero ver mais encontros como esse, seja em Minas ou em outro estado. É claro que se for em Minas a minha pré-disposição já será maior rsrsrs!

Agora algumas fotos relacionadas ao evento:

Logo do ECMVS:


Villa Parentoni e agregados:


Professor José Galisia Tundisi comentando sobre problemas da água em São Paulo:


Eu, Paine e Mitra tietando:


Eu e galera do LEM

Um pouquinho do LEEC (UNESP) no simpósio (Juliana, Mitra, Julia, Pavel, Renata):





Ah! Quem tiver a foto de todos no congresso, me mande, por favor!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Repasse do Simpósio ECMVS Internacional de Ecologia e Conservação, em breve!

Oi pessoal, já estou escrevendo o repasse do Simpósio e vai ficar muito legal! Tem muita informação boa para falar, incluindo tendências de pesquisa em Ecologia e o que rolou a partir da minha perspectiva crítica e etológica de estudante.

De antemão, a grande tietagem do simpósio: Prof. Robert Paine! Honra poder conhecer e assistir uma palestra dele!


Eu, Mitra e Prof. Robert Paine. Pingas mineiras em segundo plano.


Logo do PPG ECMVS UFMG

domingo, 1 de junho de 2014

O primeiro paper e as fases pré publicação

Aconteceu em Julho de 2013. Demorou, mas o grande dia, o mais esperado, o mais almejado na minha vida de bióloga, aquele que resolveria o dilema, a dúvida que pendia entre o ser possível e o “não tenho jeito para a coisa”*.

Como deu trabalho.. e o mais engraçado é que a gente pensou tanto para alcançar a simplicidade máxima. A grande descoberta pessoal do meu primeiro paper é que, para publicar, você precisa trabalhar exaustivamente para conseguir ser o mais claro e simples o possível (obrigada MARM)!

Não sei se as sensações que eu tenho sobre mim mesma como pesquisadora serão sempre as mesmas.. Aliás, espero que algumas dessas sensações passem: Além do meu constante sentimento de defasagem científica diário, vem também a superação, reflexão, o subestimar meus dados, e a luta entre a menininha que abraça sua hipótese de pelúcia e a cientista cética que as chuta!
Pelas pesquisas que tenho feito ultimamente, posso identificar e listar para vocês algumas fases recorrentes comuns a elas todas**.. espero que se identifiquem. E caso ainda não tenham passado por por essas fases ao longo de sua pesquisa, já fiquem avisados que elas existem!

**Atenção, essas são as minhas impressões...conheço outros colegas que tem visões diferentes e que passam por outros estágios, sejam eles o “tesão por resolver qualquer mistério” ou o “querer cortar os pulsos”, ou mesmo a fase “bala no orientador” srsrsrs!

O Encantamento: para mim, a parte mais gostosa de todas... talvez mais até do que o publicar. É aí que você, com calma, procura lacunas na ciência, perguntas relevantes, que fazem sentido.. angústias científicas que você gostaria de resolver. E aí você aplica todo aquele conhecimento de método científico para escrever o seu projeto!  É lindo.. as discussões com o orientador ou demais co-autores, aquela “viagem” e ideias fluindo. Aí você embasa suas hipóteses, define um bom delineamento, algo exequível.. nesse momento você fica bem otimista com o campo também, ou com a coleta de dados.. E você usa muito da sua criatividade, o que é muito legal!

A angústia: após 3 meses de submetido, a aprovação do projeto ainda não saiu.. o relógio correndo e você começa a pensar nos problemas logísticos que terá se não começar os campos AGORA! (nesse momento sinto que muitas pessoas vão se identificar).

O vislumbre: isso é novo, isso vai ser muito útil! Projeto aprovado, tenho grana, bora pro campo/lab/museus do mundo!

A estafa: depois de metade dos campos concluídos a fadiga toma conta de você. Essa fase é um limiar real. Muitas pessoas nesse momento pararão de fazer os campos por falta de tempo/dinheiro/energia e analisarão tudo daquele jeito mesmo. Outras pessoas terão uma crise durante mais ou menos um mês, quando vão chorar, conversar com amigos, refletir e chegarão na conclusão de que elas não são vítimas da própria pesquisa. Aí elas pararão de se sentir como vítimas e levantarão, sacudirão a poeira e darão a volta por cima, cumprindo todas as etapas da melhor maneira possível (sangue+suor+lágrimas). Outras pessoas desistirão da pós-graduação e da vida acadêmica.

A fase “Acabei os campos”/”Acabei o experimento”/”Acabei os sequenciamentos”/”Acabei de medir todos os bichos do museu”:  ESSA FASE É UMA DELÍCIA! Agora você tem A PLANILHA! Você olha deliciada para aquela planilha e vai comemorar, pagando rodada de pinga pra galera!

A fase organizar estágio relâmpago no exterior: se resume a LOUCURA! Mas vale a pena!

A queda do coqueiro: Aí você começa a fazer os primeiros EDAS, gráficos exploratórios.. e pula logo pro que interessa.. para aquela associação que você esperava (já que sua hipótese ainda não era modular naquela época rsrs..). Seu coração bate apertado quando você vê que o padrão que você esperava não é tão claro.. ou que nem era um padrão! E você quebra a cabeça pensando no que pode explicar aquilo, mas depois de não se satisfazer com suas explicações, você vai dormir, ou tentar dormir, chateado, pensando que você é uma m###a de pesquisador rsrs!

Fase “já se passaram dois anos..”: essa fase faz qualquer um refletir muito. Por exemplo, em um mestrado, é fim de bolsa, mas a pesquisa não acabou. Cadê o artigo? ... tenso..

Bom.. no momento eu estou na fase “já se passaram dois anos”. Conforme eu for conhecendo novas fases, atualizo aqui. E vocês, tem alguma fase recorrente na sua vida acadêmica? Compartilhe!

*na época, a publicação resolveu essa dúvida, mas hoje em dia ainda tenho muitas outras, afinal papers não são tudo, embora sejam muita coisa!







terça-feira, 11 de março de 2014

Repasse do Estágio no exterior (BEPE-FAPESP-EUA)


Oi Pessoal, depois de mais de um mês de volta ao Brasil, volto a escrever no Blog para começar bem o ano.
Aqui vou colocar dicas valiosas (pelo menos para mim foram) e um repasse para quem gostaria de ir para o exterior por uns meses durante a pós-graduação, ou mesmo durante a IC.
Eu realizei um estágio BEPE-FAPESP (Bolsa de estágio de Pesquisa no Exterior). Minha experiência no exterior durou três meses, mas a preparação, desde aquela ideia plantada pelo meu orientador lá no ano passado até o pós-BEPE, durou quase um ano. Passei esses três meses em duas universidades, na Louisiana State University (LSU) e na Texas Tech (TTU).
Antes de começar: Nesse texto eu me refiro somente às experiência/pessoas/modo de funcionamento que vivi nos EUA. Gostaria muito de saber as experiências dos leitores também, compartilhem conosco!!!

O primeiro passo: Por que você quer ir para o exterior?

Já ouvi muita gente dizer “ah, vai ser uma experiência positiva com certeza”. Ainda que você não produza muito, ou não arranje muitas parcerias no laboratório escolhido, você sempre terá um monte de coisas novas a descobrir no país. É verdade! Mas é sempre bom ir focado, ter um bom motivo para ir fazer pesquisa naquele lugar e com aquele orientador estrangeiro. No caso do BEPE, a FAPESP costuma ser bem criteriosa, embora estimule muito a ida do aluno ao exterior.
Então o primeiro passo é saber onde quer ir e quem está lá para te receber. O contato com o orientador estrageiro deve ser muiiito antecipado, muiiito antes da data da viagem. Isso porque os professores de lá são pessoas ocupadas (os daqui também hehe), e organizam suas agendas com meses e até anos de antecedência de um determinado evento.
A memória deles costuma ser boa, e a resposta costumar ser pronta! Os americanos costumam ser muito diretos, então não se ofenda caso ele te diga que não pode te receber. É para o seu bem!
É claro que essa antecedência de contato nem sempre é possível, muitas vezes você só conhece o “cara” pelos papers que ele produziu e a ideia e amadurecimento para iniciar o processo de realização do sonho de fazer uma parte da sua pós no exterior chega num prazo apertado. Comigo não foi diferente! Mas o ideal nesse caso é fazer o que eu digo e não o que eu fiz: Entrei com pedido de visto com um mês antes da viagem, bem como submeti o projeto BEPE um mês antes da data pedida de início de vigência (LOUCURA!). Mas a FAPESP aprovou meu projeto de cara, porém numa data atrasada, então tive que pedir alteração de vigência.
O meu caso foi uma exceção para a FAPESP, nunca tinha acontecido isso antes, mas saibam que é possível alterar a vigência do BEPE mesmo estando com o prazo em cima (pelas normas deles de sair do país a pelo menos 4 meses antes do término da bolsa)!!

O orientador estrangeiro
É sempre legal saber que tipo de recepção seu orientador tende a dar a alunos estrangeiros. Tenho amigos que foram ao exterior por um tempo e só viram o orientador em dois momentos: No dia em que chegaram e poucos dias antes de ir embora. Num mundo ideal, todos os planos sairiam do papel e seriam realizados no projeto junto ou sob a supervisão do seu orientador estrageiro, mas nem sempre é assim.
No meu caso, como eu sou uma latina sentimental, procurei saber com um pesquisador de extrema confiança minha se o meu orientador pretendido era um cara “gente boa” e acolhedor. Deu certo! O cara era muito gente boa e um excelente orientador. Além de tudo ele me recebeu literalmente de braços abertos, já que é casado com uma Paraguaia e conhece nossa cultura latina, cheia de abraços!

Burocracia
As menores linhas podem ser as mais importantes nas regras para se ir ao exterior. No meu caso, eu fui para os EUA. Dei prioridade máxima a entender e seguir as burocracias de entrada no país, mas deixei de lado as burocracias da universidade (erro!). Então leia sempre tudo, várias vezes, e sempre leia os rodapés. É chato, mas é essencial para te acalmar, tomar as rédeas do processo e conseguir o que deseja, seja visto ou SEVIS (autorização para estudantes).
O maior pepino que eu enfrentei com isso me custou 250 dólares. Eu fiz um seguro no brasil (INTERCARE), porém a universidade (LSU) só aceitava seguros que tivessem um representante físico não-terceirizado nos EUA, e isso a INTERCARE não tem. Assim sendo, tive que adquirir o seguro saúde da LSU, o que me custou essa grana a mais. Essa informação estava escrita em um rodapé..

A dica maior
Não hesite, vá! RECOMENDO MUITO que todo cientista entre em contato com a ciência feita no primeiro mundo. Aí vai uma frase retirada do filme “Aposta Máxima”: “Cuidado com essa vozinha dentro da sua cabeça te dizendo para não fazer isso. Essa vozinha não é sua consciência, é MEDO...”. No filme, a frase foi usada num contexto diferente, mas o efeito é muito bom. Eu fiquei com muito receio de ir, quase desisti. E o que me prendia não era razão ou consciência, era MEDO. Medo de sentir saudade, medo de estar num lugar estranho, medo de avião, MEDO. Então, não tenha MEDO!!! Ou supere o MEDO! Obrigada amigos (principalmente Mi, Julia, Marco e Miltinho!) por me estimularem a ir!!!!!

“Se vire” e dicas mais pessoais
Tenha um diário: Eu sou uma pessoa extrovertida, porém momentos de solidão ou de “homesick” acontecem, principalmente quando está extremamente frio e não se tem nada pra fazer. Fiz um diário e comecei a contar os dias a partir do dia 1. Meu diário tem 90 dias e toda essa informação escrita, além de me ajudar muito a refletir sobre minhas vivências e aliviar a saudade, serão úteis, pois contem dicas de lugares legais que eu fui, pessoas que conheci, piadas internas, comidas gostosas... alguns bons detalhes que com certeza eu esquecerei com o tempo. Obrigada Julia por me convencer a levar um diário!
Trabalhe duro, mas ouça o sua voz interior! Vai ter um momento no estágio em que você simplesmente ficará atolado em um ponto e não conseguirá prosseguir. Nessas horas, ouça sua voz interior, sua cabeça cansada, seu eu fisiológico e aproveite!!! Muitas vezes nosso cérebro precisa de um tempo para absorver informações e avançar no trabalho, ainda mais trabalhos como o do cientista, que muito provavelmente terão forte viés intelectual num estágio no exterior.
Respeite o silêncio dos gringos: Muitas vezes vai acontecer numa conversa com uma pessoa nova, o assunto vai acabar. Se você não tiver nada de bom pra dizer mais, não diga.. o silêncio não precisa ser “akward”..
Faça dois backups! SEMPRE..
Não tenha vergonha de desabafar com seu orientador. É uma via de duas mãos! Mostre o que sabe, o que não sabe, e o que gostaria de aprender (humildade na ciência). Você é um aluno!!! E aluno não é professor, aluno é aluno! Aproveite cada minuto com seu orientador, mas sem puxa saquismo! Adorei conviver com o meu orientador no exterior, me considero uma aluna de sorte! De verdade, ele é um exemplo que levarei para a vida inteira! Tanto como pessoa, quanto como cientista!
Bom, quem quiser especificamente dicas sobre as universidades que eu fiquei, é só me perguntar. Já digo de antemão que elas são EXCELENTES! E é claro, para quem quer trabalhar com morcegos nos EUA, Texas Tech é a pedida!!!

Esse post será aperfeiçoado com o tempo, conforme eu for me lembrando de mais dicas, mas o “grosso” ta aí! Compartilhem suas experiências também!

Obrigada a todo o pessoal que conheci no exterior, só gente boa!!! Desde os americanos até a colônia brasileira em Lubbock!




Esse é o Read Reader, feito em bronze. É um homem-livro, feito por Terry Allen, e fica na Texas Tech.. A leitura pode ajudar na construção de pessoas melhores =D



segunda-feira, 10 de março de 2014

Resoluções e Memorandos ácidos para um próspero ano novo do pós-graduando:

Como dizem que o trabalho de verdade no Brasil só começa depois do carnaval, vamos às resoluções ácidas:
1) Have a life
2) Tomar menos café, afinal meu estômago precisa durar até eu passar em um concurso, pelo menos..
3) Não checar e-mails às 10h da noite ou logo antes de se deitar, se não quiser cobranças do orientador que te levarão à insônia
4) Atualizar os nomes dos 800 MB de papers que eu baixei e não li
5) Submeter o artigo e conquistar o mundo
6) Ler o que os revisores disseram sobre “como meu artigo é legal, mas não para aquela revista” como se não fosse comigo
7) Não ter pressa para terminar a pós-graduação, pois afinal, para que ter pressa de ficar sem bolsa?
8) Lembrar que o papel aceita tudo, mas a FAPESP não
9) O relatório de hoje é o paper de amanhã
10) Nunca subestimar a burocracia. E se algo pode ser burocrático no programa de pós, será!
11) Não copiar e colar o script em vão
12) Se o código funciona e eu não sei pq, e se o código não funciona e eu não sei pq, descobrir o pq




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

10 maneiras de fazer uma hora* tediosa passar mais rápido


Aí vai a listinha para você que precisa esperar alguém no aeroporto, ou está no aeroporto, ou está na sua casa ou trabalho mesmo e não consegue mais escrever o paper, terminar o relatório ou pensar em outra coisa útil e atraente a se fazer. Sim, quando esses momentos ocorrem em horários nos quais supostamente você deveria estar trabalhando (e você aparentemente não está cansado nem nada, mas entra em uma fase “don´t care, não vou trabalhar, mas também não vou sair do escritório”): eu os chamo de súplicas da alma por novidades. É o momento que seu cérebro pede coisas novas e você nem sabe como começar a procurar. No começo é muito parecido com procrastinação, mas conforme o tempo vai passando você vê que o que você busca é algo mais profundo (vai além da linha do tempo do facebook), e na aparente procrastinação pode surgir algo muito relevante para seu crescimento pessoal. A súplica da alma é um momento de procura, de provocação a si mesmo. Eu tenho um desses momentos por mês regularmente, e não, não é tpm! Ok, a súplica da alma quase sempre começa com dúvida, hesitação em trabalhar e procrastinação, mas a mesma pode render novas ideias de papers, otimizações na vida e solução de problemas e definições de novas angústias científicas com uma dose de criatividade que só vem quando o cérebro está mais relaxado!
Eu não posso te ajudar a encontrar o que a sua alma procura especificamente, mas com certeza posso ajudar na procrastinação inicial!

1)      Leia o manual, ou passe os olhos, ou faça o manual. Pode ser de qualquer coisa. Pode ser o manual daquele programa que você não está conseguindo usar..
2)      Veja arquivos antigos. Às vezes uma ideia importante se perdeu no seu computador por falta de organização e empilhamento digital. E aí, aquilo que um dia foi uma meta, ficou para trás..
3)      Procrastine para valer: Jogue guess the song ou flash pops. E se seus colegas do laboratório estiverem empacados também, chame eles.. mas não faça muito barulho, senão a secretária do departamento pode vir te dar um esporro!
4)      Procure novas músicas, novos cientistas, novas áreas de pesquisa, saia da caixinha
5)      Fuçe no lattes de pessoas conhecidas e nem tão conhecidas assim (haha, te peguei, você já fez isso né?) e aproveite para atualizar o seu..
6)      Aquele manuscrito engavetado ainda tem chances de sobreviver à publicação? CONSIDERE
7)    Se você é biólogo/ecólogo saia por aí vendo os sites “ambientalistas”, analise situações mais profundamente.. reveja suas motivações mais profundas..
8)      Jogue Qranio, se você ama trivias e está meio enferrujado nos conhecimentos gerais!
9)      Escreva no seu blog..  vai na fé.. mexa no seu fotolog..
10)   Comente no blog dos outros, se expresse, compre a sua ideia e diga por que não quer comprar certas outras!

Bom, é isso.. e é claro que escrevi esse post num momento exatamente como o que eu defini lá em cima. E não, não me arrependo de ter “perdido” essa uma hora com isso!


Se você tem mais dicas de procrastinação (incluindo addictive games) ou de atitudes propícias à inspiração, compartilhe!

*ou mais horas! Mas quando o cérebro criativo desperta, é impossível prever quanto tempo esse estado vai durar =D


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Divulgação Científica é preciso

Oi pessoal, Como está essa correria?  Esses dias saiu um post muito bom sobre como e por que escrever um press release no  Sobr...