Oi pessoal, depois de um tempo sumida, eu volto com o
repasse do simpósio internacional de ecologia (PPGECMVS), que rolou em BH de 25 a 27 de
Setembro. Aqui vou deixar vocês por dentro do que rolou, acrescentando minha
visão pessoal do negócio. Acabei de defender o mestrado, então o simpósio,
cheio de temas diferentes, veio em boa hora. Não vou falar de tudo, para não
ficar chato, mas enfatizarei o que foi mais marcante para mim.
Organização primorosa, tudo saiu muito melhor do que eu
poderia imaginar, e com certeza a qualidade desse simpósio superou o outro
simpósio internacional de ecologia do qual eu participei na UFSCar em 2011. O
nível de discussão foi alto, com perguntas relevantes da plateia e temas
urgentes sendo abordados, como defaunação (Prof. Dirzo) e soluções polêmicas
para a mesma (refaunação?). Além disso, temas clássicos e “pedras filosofais”
da ecologia foram parte das apresentações, e tivemos a honra de assistir a
palestra de encerramento do Prof. Robert Paine (sim, aquele das espécies chaves
que você leu no livro do Begon!).
Basicamente a qualidade e a forma de apresentação me despertou
tanto interesse que pode ser refletida na quantidade de folhas anotadas no
bloquinho que veio de brinde. Nunca escrevi tantas anotações em um congresso/simpósio
quanto nesse rsrsrs!
A parte de limnologia foi incrível, top, conheci o trabalho
de professores que estão fazendo um trabalho ótimo, como o Prof. Pompeu em
Minas, o qual é uma figura inspiradora!
Além de toda
qualidade das discussões, tudo foi apresentado sem “pesar” ou abusar da atenção
e energia dos inscritos. O tempo foi, na medida do possível, bem planejado e
raramente uma palestra foi maçante. Com exceção das mesas redondas, nas quais
sempre tem aquele palestrante que passa demais do tempo por empolgação ou falta
de planejamento, foi tudo bem conectado, uma apresentação complementava a outra
sem aquela redundância chata típica de mesas redondas mal planejadas.
Infelizmente as mesas ruins formam a maioria das que já vi, nas quais os palestrantes
ou apresentam seu doutorado sem conectar com algo maior e apresentam temas
muito desconexos ou o oposto, apresentações extremamente redundantes (tipo
aquelas em que a frase, “como professor tal antes disse e explicou” umas 20X).
A discussão sobre método científico foi produtiva e
bem-humorada (marca registrada dos mineiros), relembrando formas de se adquirir
o conhecimento (cesta e lanterna, Popper, Kuhn e Lakatos), a importância da
pesquisa orientada por hipótese e o falso dilema entre naturalista versus os
“hipotéticos-dedutivos”. A irreverente fala do Prof. Parentoni gerou muita
reflexão sobre o que é ciência. Nem me lembro mais de quando foi que vi uma
palestra em congresso que não “precisou” de slides projetados!
Enfatizou-se também a importância (Og de Souza) de haver a
fase de pensamento criativo na ciência, hoje em dia, com pressões por
publicação e mil prazos, não temos mais
tempo para pensar como deveríamos ter! Concordo totalmente com isso! Isso
leva ao risco de se fazer ciência às avessas, no qual você tem que gerar
resultados, discussões, produtos (papers) em prazos que não bateriam no tempo
que um aluno precisa para absorver e externalizar decentemente seu aprendizado!
Bom, é isso.. E você que foi ao simpósio, gostaria de
compartilhar um ponto alto? Comente aqui embaixo!
Do mais, parabéns a toda organização do Simpósio e espero
ver mais encontros como esse, seja em Minas ou em outro estado. É claro que se
for em Minas a minha pré-disposição já será maior rsrsrs!
Agora algumas fotos relacionadas ao evento:
Logo do ECMVS:
Villa Parentoni e agregados:
Professor José Galisia Tundisi comentando sobre problemas da água em São Paulo:
Eu, Paine e Mitra tietando:
Eu e galera do LEM!
Um pouquinho do LEEC (UNESP) no simpósio (Juliana, Mitra, Julia, Pavel, Renata):
Ah! Quem tiver a foto de todos no congresso, me mande, por favor!!
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