terça-feira, 11 de março de 2014

Repasse do Estágio no exterior (BEPE-FAPESP-EUA)


Oi Pessoal, depois de mais de um mês de volta ao Brasil, volto a escrever no Blog para começar bem o ano.
Aqui vou colocar dicas valiosas (pelo menos para mim foram) e um repasse para quem gostaria de ir para o exterior por uns meses durante a pós-graduação, ou mesmo durante a IC.
Eu realizei um estágio BEPE-FAPESP (Bolsa de estágio de Pesquisa no Exterior). Minha experiência no exterior durou três meses, mas a preparação, desde aquela ideia plantada pelo meu orientador lá no ano passado até o pós-BEPE, durou quase um ano. Passei esses três meses em duas universidades, na Louisiana State University (LSU) e na Texas Tech (TTU).
Antes de começar: Nesse texto eu me refiro somente às experiência/pessoas/modo de funcionamento que vivi nos EUA. Gostaria muito de saber as experiências dos leitores também, compartilhem conosco!!!

O primeiro passo: Por que você quer ir para o exterior?

Já ouvi muita gente dizer “ah, vai ser uma experiência positiva com certeza”. Ainda que você não produza muito, ou não arranje muitas parcerias no laboratório escolhido, você sempre terá um monte de coisas novas a descobrir no país. É verdade! Mas é sempre bom ir focado, ter um bom motivo para ir fazer pesquisa naquele lugar e com aquele orientador estrangeiro. No caso do BEPE, a FAPESP costuma ser bem criteriosa, embora estimule muito a ida do aluno ao exterior.
Então o primeiro passo é saber onde quer ir e quem está lá para te receber. O contato com o orientador estrageiro deve ser muiiito antecipado, muiiito antes da data da viagem. Isso porque os professores de lá são pessoas ocupadas (os daqui também hehe), e organizam suas agendas com meses e até anos de antecedência de um determinado evento.
A memória deles costuma ser boa, e a resposta costumar ser pronta! Os americanos costumam ser muito diretos, então não se ofenda caso ele te diga que não pode te receber. É para o seu bem!
É claro que essa antecedência de contato nem sempre é possível, muitas vezes você só conhece o “cara” pelos papers que ele produziu e a ideia e amadurecimento para iniciar o processo de realização do sonho de fazer uma parte da sua pós no exterior chega num prazo apertado. Comigo não foi diferente! Mas o ideal nesse caso é fazer o que eu digo e não o que eu fiz: Entrei com pedido de visto com um mês antes da viagem, bem como submeti o projeto BEPE um mês antes da data pedida de início de vigência (LOUCURA!). Mas a FAPESP aprovou meu projeto de cara, porém numa data atrasada, então tive que pedir alteração de vigência.
O meu caso foi uma exceção para a FAPESP, nunca tinha acontecido isso antes, mas saibam que é possível alterar a vigência do BEPE mesmo estando com o prazo em cima (pelas normas deles de sair do país a pelo menos 4 meses antes do término da bolsa)!!

O orientador estrangeiro
É sempre legal saber que tipo de recepção seu orientador tende a dar a alunos estrangeiros. Tenho amigos que foram ao exterior por um tempo e só viram o orientador em dois momentos: No dia em que chegaram e poucos dias antes de ir embora. Num mundo ideal, todos os planos sairiam do papel e seriam realizados no projeto junto ou sob a supervisão do seu orientador estrageiro, mas nem sempre é assim.
No meu caso, como eu sou uma latina sentimental, procurei saber com um pesquisador de extrema confiança minha se o meu orientador pretendido era um cara “gente boa” e acolhedor. Deu certo! O cara era muito gente boa e um excelente orientador. Além de tudo ele me recebeu literalmente de braços abertos, já que é casado com uma Paraguaia e conhece nossa cultura latina, cheia de abraços!

Burocracia
As menores linhas podem ser as mais importantes nas regras para se ir ao exterior. No meu caso, eu fui para os EUA. Dei prioridade máxima a entender e seguir as burocracias de entrada no país, mas deixei de lado as burocracias da universidade (erro!). Então leia sempre tudo, várias vezes, e sempre leia os rodapés. É chato, mas é essencial para te acalmar, tomar as rédeas do processo e conseguir o que deseja, seja visto ou SEVIS (autorização para estudantes).
O maior pepino que eu enfrentei com isso me custou 250 dólares. Eu fiz um seguro no brasil (INTERCARE), porém a universidade (LSU) só aceitava seguros que tivessem um representante físico não-terceirizado nos EUA, e isso a INTERCARE não tem. Assim sendo, tive que adquirir o seguro saúde da LSU, o que me custou essa grana a mais. Essa informação estava escrita em um rodapé..

A dica maior
Não hesite, vá! RECOMENDO MUITO que todo cientista entre em contato com a ciência feita no primeiro mundo. Aí vai uma frase retirada do filme “Aposta Máxima”: “Cuidado com essa vozinha dentro da sua cabeça te dizendo para não fazer isso. Essa vozinha não é sua consciência, é MEDO...”. No filme, a frase foi usada num contexto diferente, mas o efeito é muito bom. Eu fiquei com muito receio de ir, quase desisti. E o que me prendia não era razão ou consciência, era MEDO. Medo de sentir saudade, medo de estar num lugar estranho, medo de avião, MEDO. Então, não tenha MEDO!!! Ou supere o MEDO! Obrigada amigos (principalmente Mi, Julia, Marco e Miltinho!) por me estimularem a ir!!!!!

“Se vire” e dicas mais pessoais
Tenha um diário: Eu sou uma pessoa extrovertida, porém momentos de solidão ou de “homesick” acontecem, principalmente quando está extremamente frio e não se tem nada pra fazer. Fiz um diário e comecei a contar os dias a partir do dia 1. Meu diário tem 90 dias e toda essa informação escrita, além de me ajudar muito a refletir sobre minhas vivências e aliviar a saudade, serão úteis, pois contem dicas de lugares legais que eu fui, pessoas que conheci, piadas internas, comidas gostosas... alguns bons detalhes que com certeza eu esquecerei com o tempo. Obrigada Julia por me convencer a levar um diário!
Trabalhe duro, mas ouça o sua voz interior! Vai ter um momento no estágio em que você simplesmente ficará atolado em um ponto e não conseguirá prosseguir. Nessas horas, ouça sua voz interior, sua cabeça cansada, seu eu fisiológico e aproveite!!! Muitas vezes nosso cérebro precisa de um tempo para absorver informações e avançar no trabalho, ainda mais trabalhos como o do cientista, que muito provavelmente terão forte viés intelectual num estágio no exterior.
Respeite o silêncio dos gringos: Muitas vezes vai acontecer numa conversa com uma pessoa nova, o assunto vai acabar. Se você não tiver nada de bom pra dizer mais, não diga.. o silêncio não precisa ser “akward”..
Faça dois backups! SEMPRE..
Não tenha vergonha de desabafar com seu orientador. É uma via de duas mãos! Mostre o que sabe, o que não sabe, e o que gostaria de aprender (humildade na ciência). Você é um aluno!!! E aluno não é professor, aluno é aluno! Aproveite cada minuto com seu orientador, mas sem puxa saquismo! Adorei conviver com o meu orientador no exterior, me considero uma aluna de sorte! De verdade, ele é um exemplo que levarei para a vida inteira! Tanto como pessoa, quanto como cientista!
Bom, quem quiser especificamente dicas sobre as universidades que eu fiquei, é só me perguntar. Já digo de antemão que elas são EXCELENTES! E é claro, para quem quer trabalhar com morcegos nos EUA, Texas Tech é a pedida!!!

Esse post será aperfeiçoado com o tempo, conforme eu for me lembrando de mais dicas, mas o “grosso” ta aí! Compartilhem suas experiências também!

Obrigada a todo o pessoal que conheci no exterior, só gente boa!!! Desde os americanos até a colônia brasileira em Lubbock!




Esse é o Read Reader, feito em bronze. É um homem-livro, feito por Terry Allen, e fica na Texas Tech.. A leitura pode ajudar na construção de pessoas melhores =D



segunda-feira, 10 de março de 2014

Resoluções e Memorandos ácidos para um próspero ano novo do pós-graduando:

Como dizem que o trabalho de verdade no Brasil só começa depois do carnaval, vamos às resoluções ácidas:
1) Have a life
2) Tomar menos café, afinal meu estômago precisa durar até eu passar em um concurso, pelo menos..
3) Não checar e-mails às 10h da noite ou logo antes de se deitar, se não quiser cobranças do orientador que te levarão à insônia
4) Atualizar os nomes dos 800 MB de papers que eu baixei e não li
5) Submeter o artigo e conquistar o mundo
6) Ler o que os revisores disseram sobre “como meu artigo é legal, mas não para aquela revista” como se não fosse comigo
7) Não ter pressa para terminar a pós-graduação, pois afinal, para que ter pressa de ficar sem bolsa?
8) Lembrar que o papel aceita tudo, mas a FAPESP não
9) O relatório de hoje é o paper de amanhã
10) Nunca subestimar a burocracia. E se algo pode ser burocrático no programa de pós, será!
11) Não copiar e colar o script em vão
12) Se o código funciona e eu não sei pq, e se o código não funciona e eu não sei pq, descobrir o pq




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

10 maneiras de fazer uma hora* tediosa passar mais rápido


Aí vai a listinha para você que precisa esperar alguém no aeroporto, ou está no aeroporto, ou está na sua casa ou trabalho mesmo e não consegue mais escrever o paper, terminar o relatório ou pensar em outra coisa útil e atraente a se fazer. Sim, quando esses momentos ocorrem em horários nos quais supostamente você deveria estar trabalhando (e você aparentemente não está cansado nem nada, mas entra em uma fase “don´t care, não vou trabalhar, mas também não vou sair do escritório”): eu os chamo de súplicas da alma por novidades. É o momento que seu cérebro pede coisas novas e você nem sabe como começar a procurar. No começo é muito parecido com procrastinação, mas conforme o tempo vai passando você vê que o que você busca é algo mais profundo (vai além da linha do tempo do facebook), e na aparente procrastinação pode surgir algo muito relevante para seu crescimento pessoal. A súplica da alma é um momento de procura, de provocação a si mesmo. Eu tenho um desses momentos por mês regularmente, e não, não é tpm! Ok, a súplica da alma quase sempre começa com dúvida, hesitação em trabalhar e procrastinação, mas a mesma pode render novas ideias de papers, otimizações na vida e solução de problemas e definições de novas angústias científicas com uma dose de criatividade que só vem quando o cérebro está mais relaxado!
Eu não posso te ajudar a encontrar o que a sua alma procura especificamente, mas com certeza posso ajudar na procrastinação inicial!

1)      Leia o manual, ou passe os olhos, ou faça o manual. Pode ser de qualquer coisa. Pode ser o manual daquele programa que você não está conseguindo usar..
2)      Veja arquivos antigos. Às vezes uma ideia importante se perdeu no seu computador por falta de organização e empilhamento digital. E aí, aquilo que um dia foi uma meta, ficou para trás..
3)      Procrastine para valer: Jogue guess the song ou flash pops. E se seus colegas do laboratório estiverem empacados também, chame eles.. mas não faça muito barulho, senão a secretária do departamento pode vir te dar um esporro!
4)      Procure novas músicas, novos cientistas, novas áreas de pesquisa, saia da caixinha
5)      Fuçe no lattes de pessoas conhecidas e nem tão conhecidas assim (haha, te peguei, você já fez isso né?) e aproveite para atualizar o seu..
6)      Aquele manuscrito engavetado ainda tem chances de sobreviver à publicação? CONSIDERE
7)    Se você é biólogo/ecólogo saia por aí vendo os sites “ambientalistas”, analise situações mais profundamente.. reveja suas motivações mais profundas..
8)      Jogue Qranio, se você ama trivias e está meio enferrujado nos conhecimentos gerais!
9)      Escreva no seu blog..  vai na fé.. mexa no seu fotolog..
10)   Comente no blog dos outros, se expresse, compre a sua ideia e diga por que não quer comprar certas outras!

Bom, é isso.. e é claro que escrevi esse post num momento exatamente como o que eu defini lá em cima. E não, não me arrependo de ter “perdido” essa uma hora com isso!


Se você tem mais dicas de procrastinação (incluindo addictive games) ou de atitudes propícias à inspiração, compartilhe!

*ou mais horas! Mas quando o cérebro criativo desperta, é impossível prever quanto tempo esse estado vai durar =D


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013 e por que você quis ser biólog@?


Embora saibamos que temos muito a fazer.. terminar relatórios (ou começá-los!), capítulos, campos, logísticas... no fim do ano sempre nos cabe um tempinho de reflexão sobre ideias não práticas, porém mais profundas e talvez muito mais importantes que nos levam a ser quem nós somos.

 Diferente do fim de 2012, o fim de 2013 não me causou uma sensação de “fiz tudo que deveria ter feito”. Não estou aliviada, não estou conformada por ter passado o ano conformada. Sim, 2013 inteiro foi um ano de conformidade com o mundo para mim. Foi o ano da resignação, foi o ano do let it be, foi o ano em que trabalhei como formiguinha sem me importar muito com o resultado, já assumindo que tenho um efeito ínfimo no movimento da roda do mundo.
Talvez eu esteja com consciência ecochata ativista pesada.
Não que eu ache que fiz pouco pelo meio ambiente considerando minhas possibilidades, mas acho que falta muito para eu me tornar a bióloga-cidadã-ambientalista-livre-pensadora que eu quero ser. E acho que não é só comigo.
No âmbito “mestrado”, sinto que cumpri todas as obrigações que cabiam a mim, e com primor. Agora, por inércia e dose maior de dedicação, me envolver tanto no MEU mestrado me sugou muito do mundo real. Eu vivi na bolha do mestrado. No berço confortável e desconfortável do individualismo ou da bolha menor de interações que coube ao meu círculo de trabalho.
E o que é mundo real para mim? Mundo real é me importar com coisas além do meu próprio umbigo, é ter uma percepção não vaga e muito menos resignada enquanto ser social, representante de um órgão de classe (biólogos), poderia ter feito mais para mudar o que me incomoda, mudar os erros ou outcomes da atividade humana que me levaram a escolher essa profissão em primeiro lugar.
Talvez isso soe muito aulinha de ciências sociais, geografia e biologia, mas ABSOLUTAMENTE TUDO o que me motivou a ser bióloga quando eu tinha sei lá, 8 anos, continua por aí!!! E é tudo tão lógico e óbvio... Sobrepesca, poluição, contaminação, caça predatória, tráfico ilegal de animais silvestres, erosão e degradação de solo, falta de água potável e saneamento, crescimento acelerado da população humana, mudança climática, desmatamento e bycatch (o que vem a mente: pobres tartatugas!).

Se alguém por aí tiver alguma retrospectiva cientifica que me mostre que alguns desses aspectos estão melhorando globalmente, me mostre, compartilhe!
A intensão desse post não é a priori ser um ensaio profundo das inconformidades de umabióloga, é apenas uma visão superficial de algo que me incomodava pungentemente e agora o que me incomoda é não ter me incomodado tanto esse tempo todo, por razões egoístas. Onde está aquela estudante que acompanhava as notícias ambientais diariamente?? Agora tudo é.. “eu sabia”, “o dinheiro sempre fala mais alto”. As causas socio-ambientais deveriam ser uma prioridade!

Agora e você, por que você decidiu ser biólogo em primeiro lugar? Você se tornou a pessoa que você sonhou em ser?
Diga nos comentários!

A frase de 2014 será, como dizia a música do teatro mágico: NÃO ACOMODAR COM O QUE INCOMODA.

Um abraço a todos os leitores do blog, biólogos, ecólogos, pós-graduandos e graduandos guerreiros querendo entender a complexidade da vida de das secretarias de pós! 


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Reflexões e recomendações na SEGUNDA metade do mestrado

Reflexões e recomendações na SEGUNDA metade do mestrado

Olá Pessoal! Parabéns a todos os mestrandos que entraram na pós no início do ano passado e chegaram até aqui! Parabéns para você que conseguiu:
* concluir seus créditos em um ano!
*fazer todos dos seus campos/lab  no momento em que achou que nesse ponto já teria QUALIFICADO e escrito a tese inteira
*respirar fundo e tratar bem as secretárias da pós e das finanças, lembrando que elas não têm culpa da burocracia, é o sistema! (superei essa fase faz tempo!)
*conciliar de modo minimamente aceitável sua vida acadêmica com família e encontros com velhos amigos de faculdade e infância..
*ler um artigo por dia em alguma semana no início do ano (passado)
*ver seu orientador por skype do outro lado do mundo, o que zerou suas angústias, pelo menos naquele momento!

Sabemos que não é fácil, se fosse fácil qualquer um fazia pós-graduação!
Agora, depois de quase dois anos no programa de pós em Zoologia da UNESP Rio Claro, ressalto e comento as seguintes disciplinas e já adianto que só por essas disciplinas já valeu a pena:
1)      Curso Latino-Americano de Frugivoria e Dispersão de Sementes (Prof. Mauro Galleti et al_UNESP etc)

Passar alguns dias no campo com professores como Pedro Jordano foi excelente. Conhecemos o Parque de Intervales e suas plantas e animais. Tive o imenso prazer de ver pela primeira vez ao vivo e a cores um grupo de muriquis comendo embaúbas. Elevei a embaúba ao status de árvore da vida de Intervales, pois em apenas uma manhã observamos mais de quarenta espécies de animais (entre aves e macacos) a visitando! Agora imagine à noite, os morceguinhos na embaúba? Serviço 24h de dispersão de sementes... Também aprendemos muito sobre remoção de frutos, epizoocoria, macacos, antas, etc..

2)      Curso de Ecologia da Paisagem (Prof. Milton Cezar Ribeiro_UNESP)

Essencial para quem não manja de ecologia espacial, e para quem manja, uma boa oportunidade de aprender mais com quem sabe. O Prof. Miltinho é fera. Além de publicar highly cited artigos, é um excelente professor. O legal dessa disciplina é a autonomia e suporte na hora de montar os projetos finais. Ter também a visão de um professor não-biólogo (bacharel em ciência da computação) nos faz ver o mundo com outros olhos. No que a ecologia de paisagem pode contribuir para a conservação da biodiversidade remanescente? Com certeza, esse curso nos dá idéias bastante aplicáveis. Outra coisa legal do curso é que ele começa numa quarta-feira e termina na outra quarta-feira. O break do fim de semana é essencial para pensar nos projetos e assimilar tudo!

3)      Curso de Redes Ecológicas (Prof. Marco Mello_UFMG)
Mais didático, impossível. Para quem curte interações animal-planta, esse é o canal. O curso é de uma semana, condensado. Com aulas e práticas em computadores todos os dias praticamente. Nele mexemos no R, plotamos redes, calculamos suas métricas e entendemos por que se usar essa abordagem tão fascinante. Só para constar, a monitora do curso é muito eficiente também (EU!)

4)      Curso de Modelagem de Distribuição de Espécies (Prof. Milton Cezar Ribeiro_UNESP e Profa. Katia Ferraz_ESALQ)
De longe o mais cansativo de todos. E muito muito bom. Recomendo fortemente! Para quem for fazer, lembrar de levar HD externo, pois os modelos gerados e layers podem ser pesados. Diga-se pesado coisas na faixa de ~60 Gb ou mais, dependendo da resolução das suas variáveis. O mais interessante de tudo é poder realmente gerar um trabalho publicável após a disciplina, com seus dados, ou a partir de bancos de dados disponíveis.

5) Curso de método científico (Prof. Marco Mello _UFMG): só coisas boas pra falar desse curso. Por mais que eu estivesse no estágio "reta final", esse curso abriu muito minha mente, resgatou a filosofia dos cantos mais escondidos e subconscientes do meu cérebro, me lembrando que era disso que eu precisava para seguir em frente na ciência. Recomento fortemente que mestrandos e doutorandos façam esse curso. Além de aprender muito com quem faz ciência de forma séria e apaixonada, o clima do curso em terras mineiras é só energia boa! A ementa e objetivo do curso está  aqui. Meus parabéns ao Prof. Marco Mello, que mais uma vez não surpreende, confirma.

O que eu queria fazer e não fiz porque não deu e é uma pena, pois está fazendo falta:

BIE 5781 Modelagem Estatística para Ecologia e Recursos Naturais

Uso da linguagem R para dados ecológicos


Quem tiver feito esses dois cursos e quiser compartilhar sua opinião, é só deixar nos comentários!!

abraços e aguardem post sobre: teoria neutra, seleção de modelos e BEPE_FAPESP!





domingo, 8 de dezembro de 2013

OS 10 MANDAMENTOS DA PÓS-GRADUAÇÃO

E vamos aos mandamentos =P


1.     NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE SEU ORIENTADOR.


2.     NÃO PRONUNCIARÁS A CITAÇÃO EM VÃO/ NÃO DIGITARÁS O CÓDIGO EM VÃO*

3.     LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO PARA TERMINAR O MANUSCRITO.     

4.  HONRA TEU PAI E TUA MÃE, QUE PAGARAM TEUS ESTUDOS E TERMINE LOGO ESSA PÓS E ARRUME UM EMPREGO

5.  NÃO MATARÁS AS AULAS DAS DISCIPLINAS DA PÓS. CUMPRIRÁS TODOS OS CRÉDITOS

6.  NÃO COMETERÁS PROCRASTINAÇÃO

7.  NÃO TORTURARÁS OS DADOS OBRIGANDO-OS A CONFESSAREM PADRÕES NÃO OBSERVADOS

8.  NÃO ALIMENTARÁS PICUINHAS ENTRE PESQUISADORES

9.  NÃO DESEJARÁS A CAFETEIRA DO LABORATÓRIO PRÓXIMO

10. NÃO COBIÇARÁS O FATOR DE IMPACTO ALHEIO.

*A tradução dos papiros dos primeiros pós graduandos remete a ambos os significados


sábado, 2 de novembro de 2013

Um paper por dia #Kindle?





Quando eu estava na graduação e comecei a elaborar meu projeto Iniciação científica (IC), comecei a ler artigos intensamente. Lembro que no laboratório da UFSCar se falava (brincando ou não) da ideia de se ler um paper por dia! Difícil hein..

 Foi muito legal esse começo da vida acadêmica, de levantar os artigos mais importantes de uma área do conhecimento, separá-los, imprimi-los e lê-los.
Lembro que eu estava no Rio de Janeiro passando o fim de ano com uma pilha de artigos na mesa da sala, e quando eu olhava para a frente via o mar.. Qualquer um me diria, nossa, que tentação hein! Mar ou ler artigos? Na época eu realmente estava muito confortável na escolha de ler artigos, pois estava motivada, cheia de energia para começar a trabalhar com os morcegos fofos e os frutos que eles comem.
Mas voltando ao assunto “pilha de artigos”: era uma pilha grande, duas pastas poliondas cheias! Imprimir foi necessário, pois não curtia ler no computador e gostava de grifar as partes mais importantes dos textos. Lembrando que ler no computador causa “vista cansada” e o negócio é sério mesmo.
Anos se passaram até chegarmos em 2012, quando entrei no mestrado e tinha que ler muito mais artigos! Aí degringolou, pois eu não tinha impressora em Rio Claro e dava dor no coração imprimir tantas folhas no departamento. Eu ponderava muito mais quais artigos eu imprimiria, mas acabei ficando com as mesmas pastas poliondas cheias de papel. Comecei então a me obrigar a ler no computador, pois o artigo físico em meio à papelada não arquivada ficava muito difícil de achar e eu nunca pretendi ter um arquivo daqueles de metal, por falta de espaço e $.

Aí comecei a ouvir falar sobre o Kindle e comprei um. Um kindle não é um ipad, não navega livremente na internet, mas é muito legal! Comprei um kindle wifi paperwhite. A bateria dele dura mais de um mês se você ler por tipo menos de uma hora por dia. O diferencial dele para um computador em relação à visão é que ele não causa “vista cansada”, pois ele tem um mecanismo de iluminação opaco. Nos PCs a luz vem de dentro para fora. No kindle, a iluminação é de fora para dentro.
Aí com o kindle dá para baixar e-books grátis, comprar livros RAPIDAMENTE com o cartão de crédito, colocar pdfs, .docs e .txts direto do computador via usb e ler em qualquer posição (deitado, sentado) e sob qualquer luminosidade (a luz é regulável e não cansa a vista mesmo!). A promessa do kindle é que quem possuir um deverá ler muito mais do que antes, e pelo menos para artigos está funcionando comigo.

Com o kindle o sonho de um paper por dia está mais próximo de ser alcançado!

Então o veredicto é: recomendo sim o Kindle!

É isso pessoal, aguardem novos posts em breve sobre intercâmbio e papers!

*Lembrando que ninguém está me pagando para eu falar bem do kindle e que o kindle está longe de ser uma unanimidade, afinal não dá para entrar no email ou facebook por ele =P







Divulgação Científica é preciso

Oi pessoal, Como está essa correria?  Esses dias saiu um post muito bom sobre como e por que escrever um press release no  Sobr...